TOP 15 Locais Olímpicos Abandonados e Suas Histórias Reveladas
1. Estádio Olímpico de Tóquio 1964

O Estádio Olímpico de Tóquio, utilizado nos Jogos de 1964, foi um símbolo da reemergência japonesa após a Segunda Guerra Mundial. Embora tenha passado por reformas para as Olimpíadas de 2020, muitas de suas áreas originais sofreram abandono antes dessas renovações. A estrutura original enfrentou décadas de subutilização, revelando as dificuldades comuns que instalações olímpicas enfrentam após o evento principal. Localizado em um ponto estratégico da capital japonesa, esse estádio é um exemplo clássico do contraste entre legado esportivo e abandono urbano, uma vez que partes da infraestrutura antiga caíram em decadência enquanto o país buscava modernizar suas instalações.
O abandono do estádio antigo evidenciava a falta de planejamento a longo prazo para o uso da infraestrutura olímpica. Antes da renovação completa para os Jogos recentes, o estádio original ficou muitas vezes isolado, sem eventos regulares para garantir sua manutenção ou interesse público contínuo. Esse abandono gerou questionamentos sobre o custo-benefício dos investimentos olímpicos, um tema recorrente entre cidades que recebem o evento. Além disso, a estrutura serviu como um cenário para reflexões culturais sobre a memória esportiva japonesa e os custos sociais do progresso acelerado.
Entre os exemplos práticos da gestão abandonada deste local, destaca-se a falta de eventos e a ausência de integração da área com o entorno urbano durante décadas. A experiência mostrou a importância de um planejamento consciente para reutilização das instalações e projetos integrados com a comunidade local, buscando aproveitar ao máximo o legado do evento e minimizar o impacto negativo do abandono. Essa lição inspirou políticas para os Jogos de 2020, focando em sustentabilidade e uso contínuo das instalações como parte das práticas modernas do COI (Comitê Olímpico Internacional).
2. Vila Olímpica de Atenas 2004
A vila construída para os Jogos de 2004 em Atenas, Grécia, transformou-se em um dos exemplos mais emblemáticos do abandono olímpico. Projetada para acomodar atletas e oficiais durante o evento, a vila incluía centenas de apartamentos e áreas de lazer. Após as Olimpíadas, grande parte da vila foi negligenciada e acabou deteriorando rapidamente devido ao abandono e à falta de uso planejado.
O abandono da Vila Olímpica de Atenas reflete os desafios socioeconômicos enfrentados pela Grécia, incluindo a crise financeira que explodiu pouco tempo após os jogos. Muitas unidades permaneceram vazias por anos, e as instalações tornaram-se pontos propícios para atividades ilegais e vandalismo. As imagens do local mostravam um cenário desolado, com edifícios cinzentos e superfícies quebradas, marcando um contraste perverso com a grandiosidade e o espírito de união que as Olimpíadas deveriam representar.
Desde então, foram feitas tentativas de revitalização, incluindo projetos para converter a vila em residências para a população local e espaços comerciais. Essa transformação é um processo lento e complexo que tem como objetivo não só recuperá-la fisicamente, mas também socialmente, reintegrando essa área abandonada dentro da dinâmica urbana de Atenas. O caso mostra como a infraestrutura olímpica pode se tornar um fardo se não houver gestão e direção clara para o pós-evento.
3. Parque Olímpico de Montreal 1976
O Parque Olímpico de Montreal, sediado nos Jogos de 1976 no Canadá, é frequentemente lembrado pela enorme dívida financeira gerada pela construção das instalações, que se estendeu por décadas após o evento. Embora alguns espaços permaneçam em uso, várias partes ficaram abandonadas ou subutilizadas, um reflexo da falta de planejamento pós-olímpico adequado. O estádio principal, chamado de Estádio Olímpico, enfrentou problemas estruturais desde o início, incluindo um teto de sustentação que desabou parcialmente, dificultando o uso regular do local.
Após os jogos, o parque não conseguiu atrair a quantidade necessária de eventos e público para justificar sua manutenção. Por isso, cessaram investimentos relevantes e a infraestrutura foi enfraquecendo com o tempo, criando áreas em estado de abandono ao redor do complexo principal. Esse cenário tornou-se um alerta para outras cidades quanto à importância da sustentabilidade financeira e funcional dos espaços olímpicos.
O Parque Olímpico de Montreal exemplifica o desafio de converter uma instalação grandiosa em um ativo funcional, especialmente quando os custos superam as previsões iniciais. A administração municipal precisou buscar diversas soluções, incluindo a atração de eventos alternativos e reformas parciais. O caso mostra a dificuldade em transformar um legado esportivo em benefício contínuo para a população, evidenciando que um grande investimento inicial não garante, por si só, o sucesso sustentável.
4. Estádio Olímpico de Berlim 1936
O Estádio Olímpico de Berlim, palco das controversas Olimpíadas de 1936, permanece um marco histórico, mas algumas partes do complexo foram abandonadas ou negligenciadas com o passar dos anos. Construído durante o período nazista, o local representa diferentes camadas de história e simbolismo. Apesar de ainda em uso para eventos esportivos modernos, diversas estruturas auxiliares e áreas próximas foram deixadas à própria sorte, deteriorando-se com o tempo.
O abandono parcial deste complexo está ligado a combinações de desuso, falta de investimento na conservação e transformações urbanas que afastaram o local do centro da vida social de Berlim. Alguns edifícios históricos em volta perderam seu propósito original e não foram adaptados, ficando vulneráveis a vandalismo e degradação natural. A área vive uma tensão entre preservação histórica e atualização para atender as necessidades contemporâneas.
Ao analisar o estádio e seu entorno, percebe-se a dificuldade de lidar com vestígios históricos controversos, o que pode influenciar decisões sobre o destino dessas estruturas. A gestão cultural e esportiva precisa equilibrar aspectos de memória, preservação arquitetônica e utilização funcional, tarefa complexa diante do impacto político e simbólico dos locais olímpicos antigos. Estudos realizados indicam que a revitalização dessas áreas demanda um planejamento sensível e multifacetado.
5. Estádio Olímpico de Sarajevo 1984
O Estádio Olímpico de Sarajevo, construído para os Jogos de 1984, na então Iugoslávia, tem uma história marcada pela tragédia e abandono extremo. Localizado em uma cidade que passou por uma guerra devastadora na década de 1990, o estádio foi gravemente danificado durante os conflitos e posteriormente abandonado. Durante o cerco de Sarajevo, o local foi usado tanto como abrigo quanto como território de guerra, o que comprometeu irreversivelmente a infraestrutura original.
A situação do estádio pós-guerra transformou-o em um símbolo da destruição, mas também da esperança de reconstrução. A falta de recursos na região para recuperar ou preservar a instalação contribuiu para seu estado de ruína. O abandono reflete o impacto que eventos externos, como conflitos armados, podem ter sobre o patrimônio olímpico, além das dificuldades em retomar o uso esportivo com o fim da guerra.
Atualmente, esforços esporádicos têm sido feitos para revitalizar partes do complexo, mas a fragilidade econômica e social dificulta ações estruturais profundas. O estádio permanece um local de memória e reflexão para os sarajevitas e para o mundo, mostrando a resiliência diante do abandono em meio a um contexto difícil. Seu estado serve como uma lição sobre a vulnerabilidade do legado olímpico em áreas afetadas por instabilidade política e social.
6. Parque Olímpico de Beijing 2008
O Parque Olímpico de Beijing, usado para os Jogos de 2008, está entre os complexos mais modernos e grandiosos da história olímpica, tendo recebido investimentos bilionários que impressionaram o mundo. No entanto, várias áreas dentro do parque enfrentam problemas de subutilização e abandono parcial após o evento, apesar das tentativas do governo chinês em manter o local atraente para o turismo e para eventos culturais.
Todo o projeto arquitetônico, que inclui estruturas icônicas como o 'Ninho de Pássaro' (Estádio Nacional) e o Cubo d’Água (Centro Nacional de Natação), foi pensado para ser sustentável e multiuso. Ainda assim, certas áreas periféricas ficaram pouco acessadas e receberam pouca atenção regular, acentuando um contraste entre as partes em uso intenso e aquelas que tendem ao isolamento. O abandono parcial ocorre em áreas de serviço e instalações auxiliares, que muitas vezes não encontram uso regular.
Essa situação desafia a ideia de que planejamento sofisticado garante longevidade, mostrando que mesmo projetos avançados podem ter dificuldades de garantir uso contínuo em todas suas partes. No entanto, a experiência de Beijing inclui também lições valiosas em manutenção e promoção cultural, já que o país tem realizado eventos esportivos pós-olímpicos na maior parte do parque principal. Essa abordagem demonstra a importância das estratégias constantes para evitar que instalações se transformem em esqueletos abandonados.
7. Velódromo de Cingapura 2010
O Velódromo construído para os Jogos da Juventude Olímpicos de 2010 em Cingapura é outro exemplo que mistura inovação esportiva com subsequente abandono parcial. Embora tenha sido projetado para atender eventos de alta performance, seu uso após os jogos diminuiu significativamente, levando a períodos de ociosidade e pouco investimento em manutenção. O corredor circular e suas áreas auxiliares ficaram ocasionalmente fora de uso, revelando lacunas no planejamento pós-competição.
Além de atividades esportivas limitadas, o velódromo enfrentou dificuldades em atrair público local para eventos regulares, peso importante para justificar os custos. O espaço acabou sendo subutilizado em comparação com as expectativas iniciais, criando um dilema comum entre instalações temporárias e permanentes. O abandono parcial impactou a imagem do local e gerou debates sobre a necessidade de integrar essas estruturas em programas esportivos nacionais regulares, assim como centros comunitários.
As lições decorrentes do Velódromo de Cingapura incluem a importância de planejamento estratégico antes, durante e após grandes eventos esportivos, garantindo que a infraestrutura atenda necessidades de longo prazo e não seja apenas um legado solitário e incompleto. Esse desafio é enfrentado por várias cidades do mundo e requer uma visão ampla envolvendo políticas públicas, gestão esportiva e participação popular para dar vida contínua aos locais olímpicos.
8. Estádio Olímpico de Munique 1972
O Estádio Olímpico de Munique, sede dos Jogos de 1972, é reconhecido tanto pela arquitetura inovadora quanto pelo trágico incidente que marcou aqueles jogos. Apesar de ainda ser usado para eventos esportivos e culturais, muitas áreas auxiliares e estruturas antigas foram abandonadas com o tempo, sofrendo deterioração. O abandono parcial não afeta o estádio principal diretamente, que continua ativo, mas locais de treinamento e instalações secundárias refletem o desafio da manutenção integral.
Originalmente projetado para refletir modernidade e transparência, o complexo enfrenta hoje problemas típicos de envelhecimento e falta de atualização, especialmente quando comparado aos investimentos em novas arenas esportivas em outras cidades. Isso demonstra que, mesmo obras emblemáticas da engenharia e arquitetura esportiva, podem sofrer abandono parcial se não houver compromissos constantes com sua conservação e adaptação.
Pesquisas em gestão esportiva indicam que o Estádio Olímpico de Munique é um caso de sucesso parcial, por manter seu uso principal, mas demonstra também as dificuldades de manter toda a infraestrutura de apoio em bom estado. A experiência reforça a necessidade de revisões periódicas e planos adaptativos que permitam a integração das instalações em redes esportivas e culturais modernas, mantendo viva a funcionalidade e a memória dos locais olímpicos.
9. Centro Aquático de Atenas 2004
O Centro Aquático de Atenas 2004 foi projetado para receber provas de natação, saltos ornamentais e polo aquático durante os Jogos Olímpicos. Embora tenha sido uma instalação de ponta na época, após o término do evento, o centro teve sua utilização drasticamente reduzida. Com poucos eventos de alto nível posteriores e problemas de manutenção, o local entrou em decadência, apresentando sinais claros de abandono.
A falta de demanda local e regional para esportes aquáticos de grandes proporções dificultou a viabilidade do centro, que necessitava de recursos importantes para operação e manutenção. A situação gerou reflexão sobre a viabilidade econômica de instalações especializadas para Olimpíadas em países ou cidades que não dispõem da massa crítica esportiva para seu uso contínuo após o evento. O abandono afetou tanto estruturas internas, como piscinas e arquibancadas, quanto espaços externos, que agravaram o desgaste natural.
Atualmente, esforços limitados tentam devolver funcionalidade ao espaço, mas as dificuldades financeiras da Grécia restringem investimentos mais robustos. O caso demonstra a importância de integrar centros aquáticos em programas nacionais e regionais permanentes para garantir seu uso sustentável e evitar que se tornem símbolos de abandono dentro do legado olímpico.
10. Estádio Olímpico de Montreal 1976 - Torre Inclinada
Além do Parque Olímpico, outro ícone abandonado em Montreal é a torre inclinada do estádio projetada para observação e propaganda. Durante anos, a torre ficou parcialmente inacessível devido a problemas estruturais. Seu abandono físico refletia o longínquo período em que a atenção do poder público e privado esteve distante da infraestrutura olímpica.
A torre é um exemplo literal da “inclinação” do legado olímpico, que não conseguiu se apoiar integralmente em sua infraestrutura. A degradação estética e estrutural esteve associada a custos elevados de manutenção e pouca utilização prática da torre no cotidiano. Em espaços públicos, a segurança e acessibilidade são aspectos cruciais que, quando ignorados, facilitam o abandono e a perda de patrimônio.
Com o passar do tempo, a torre passou por reformas parciais, mas não houve uma utilização estratégica ampla para garantir sua conservação sistemática. Esse caso demonstra que estruturas olímpicas periféricas, mesmo simbólicas, correm riscos elevados de abandono quando não integradas a planos permanentes que envolvam turismo, educação ou uso comunitário. O planejamento de legados deve tratar todas as partes das instalações, não apenas os espaços centrais.
11. Estádio Olimpico de Moscou 1980
O Estádio Olímpico Luzhniki, palco principal dos Jogos Olímpicos de 1980 em Moscou, atravessou fases de abandono parcial, principalmente em suas áreas auxiliares e em estruturas mais antigas anexas. Apesar do estádio passar por reformas recentes e continuar em uso para grandes eventos, havia alas do complexo que permaneciam negligenciadas antes de planos governamentais de revitalização. Isso reflete a oposição entre a grandiosidade do evento olímpico e a realidade prática da gestão de espaços esportivos históricos.
Durante o período pós-1980, o estádio enfrentou uma redução na diversidade de eventos e, consequentemente, em recursos para manutenção plena. Além disso, o modelo soviético de infraestrutura privilegiava grandes construções, mas com problemas de uso sustentável após o evento. O abandono parcial comprometeu certas áreas, incluindo alojamentos e locais administrativos, que ficaram subutilizados.
A retomada da função plena do estádio integra esforços locais para resgatar o prestígio esportivo e cultural do espaço. O caso deixa claro que o uso de estádios olímpicos exige gestão adaptativa, buscando múltiplos usos para manutenção de receita e interesse público. Estudos urbanos destacam que a renovação desses ambientes deve considerar também o contexto social e econômico para efetivar uma recuperação consistente.
12. Parque Olímpico de Londres 2012 - Áreas Não Reutilizadas
O Parque Olímpico de Londres 2012 é frequentemente citado como um dos legados olímpicos mais bem-sucedidos mundialmente, porém algumas de suas áreas periféricas enfrentaram abandono e subutilização nos anos seguintes ao evento. Enquanto o principal centro esportivo e instalações foram adaptados para uso comunitário e residencial, espaços menos estratégicos ficaram desocupados por períodos prolongados. Esse abandono temporário gerou dificuldades em manter o parque completamente ativo após a euforia pós-olímpica.
Mesmo com um planejamento cuidadoso e a estratégia de transformação dos locais em bairros sustentáveis, os desafios de logística, financiamento e engajamento social impactaram diretamente as áreas com menos visibilidade. Esses espaços tornaram-se pontos vulneráveis ao vandalismo e deterioração, obrigando a reestruturações e novos investimentos para a sua revitalização. Isso demonstra que mesmo projetos altamente planejados podem enfrentar problemas práticos relacionados à manutenção completa e uso diversificado.
A experiência de Londres oferece importantes ensinamentos sobre a necessidade de constante monitoramento e adaptação dos espaços olímpicos para garantir que todo o conjunto permaneça ativo e incorporado às dinâmicas urbanas locais, evitando que partes se transformem em abandono.
13. Parque Olímpico de Rio 2016
O Parque Olímpico do Rio de Janeiro, construído para os Jogos de 2016, destaca-se por sua rápida situação de abandono após o término das competições. A falta de uso regular, combinada com problemas financeiros e administrativos do município, agravou a deterioração das instalações, com estruturas como arenas, pistas de atletismo e centros de treinamento entrando em estado ruim de conservação. O abandono neste caso é especialmente significativo devido ao elevado custo de construção e à expectativa de legado esportivo e urbano para a cidade.
Após as Olimpíadas, a dificuldade em transformar o parque em um centro de usos múltiplos e acessível para a população local foi uma constante. As instalações esportivas ficaram fechadas por longos períodos e foram alvo de vandalismo e depredação, com impactos negativos na imagem da cidade e do país. O cenário do Rio pós-2016 evidencia os riscos da falta de planejamento integrado e a falta de investimento contínuo para manter o legado olímpico vivo e funcional.
Este exemplo evidencia a importância do envolvimento comunitário, políticas públicas eficazes e parcerias para garantir a sustentabilidade das áreas olímpicas após o evento. A experiência do Rio serve de alertas e lições para futuras candidatas a sediar jogos que buscam evitar a degradação e o abandono.
14. Estádio Olímpico de Sydney 2000 - Setores Desativados
O Estádio Olímpico de Sydney, sede dos Jogos de 2000, permanece ativo para diversos eventos esportivos e culturais. Entretanto, várias áreas auxiliares do estádio foram desativadas ou suburbanizadas, transformando-se em locais em abandono parcial. Isto ocorreu devido a mudanças nas demandas e na modernização de instalações que exigem reformas constantes para manter sua relevância tecnológica e de conforto.
O abandono desses setores representa o desafio da manutenção integral em grandes espaços esportivos após eventos de grande porte. Estratégias adotadas tentam transformar áreas internas temporariamente fechadas em espaços para novas funções, como exposições ou centros comunitários, em uma tentativa de resgatar o uso regular e evitar que se transforme em um legado estático e inerte.
O estádio de Sydney é um testemunho da evolução da gestão esportiva, que precisa estar atenta às mudanças nas necessidades do público e dos atletas, buscando constantemente adaptar e reintegrar espaços para uso múltiplo. A experiência mostra a importância do diálogo entre os gestores, comunidades locais e profissionais técnicos para garantir a longevidade de cada área mesmo após a fase olímpica.
15. Vila Olímpica de Sochi 2014
A Vila Olímpica de Sochi, construída para os Jogos de Inverno de 2014, é outro exemplo notável de abandono pós-evento. Situada em uma região com baixa densidade populacional e limitada demanda para as instalações residenciais, a vila teve sua grande maioria das moradias e espaços públicos subutilizados ou deixados à disposição do tempo. O abandono foi acelerado pelo custo elevado de manutenção e pela falta de incentivos econômicos para a reativação das áreas.
O isolamento geográfico da vila, aliado a questões climáticas e infraestrutura regional limitada, dificultou a integração dessas áreas na economia local. Assim, a vila permanece amplamente ociosa, com pouca movimentação e ativos que não respondem mais às necessidades da população. Esse contexto exacerba os efeitos do abandono, ao tornar inviável o reaproveitamento imediato do complexo.
A análise da vila de Sochi revela desafios específicos para localizações olímpicas em regiões de pouca ocupação permanente, ressaltando a necessidade de planejamento mais realista e adaptado às condições locais. Este caso impacta diretamente na reflexão sobre sustentável uso do legado esportivo em países e regiões que participam do ciclo olímpico.
Local | Ano dos Jogos | Tipo de Abandono | Causas Principais | Medidas de Reutilização |
---|---|---|---|---|
Estádio Olímpico de Tóquio | 1964 | Parcial, antes da renovação | Falta de eventos e integração pós-jogo | Renovação completa para 2020 |
Vila Olímpica de Atenas | 2004 | Extenso abandono | Crise econômica e planejamento insuficiente | Conversão em residências e espaços comerciais |
Parque Olímpico de Montreal | 1976 | Subutilização e abandono parcial | Dívidas e problemas estruturais | Atração de eventos alternativos |
Estádio Olímpico de Berlim | 1936 | Abandono parcial de estruturas auxiliares | Negligência e tensões históricas | Preservação e uso esportivo adaptado |
Estádio Olímpico de Sarajevo | 1984 | Abandono total após guerra | Consequências do conflito armado | Esforços esporádicos de recuperação |
Parque Olímpico de Beijing | 2008 | Abandono parcial em áreas auxiliares | Subutilização de segmentos menos visíveis | Eventos culturais e esportivos programados |
Velódromo de Cingapura | 2010 | Abandono parcial | Baixa demanda e uso reduzido | Planos para eventos comunitários |
Estádio Olímpico de Munique | 1972 | Abandono parcial em estruturas secundárias | Envelhecimento e necessidade de reformas | Uso contínuo do estádio principal |
Centro Aquático de Atenas | 2004 | Abandono e subutilização | Baixa demanda e custos altos de manutenção | Projetos limitados de revitalização |
Torre Inclinada de Montreal | 1976 | Abandono estrutural | Custos elevados e baixa utilização | Reformas parciais recentes |
Estádio Olímpico de Moscou | 1980 | Abandono parcial | Redução de eventos e recursos | Planos governamentais de revitalização |
Parque Olímpico de Londres | 2012 | Abandono temporário em áreas periféricas | Desafios logísticos e sociais | Reestruturação e investimentos contínuos |
Parque Olímpico do Rio | 2016 | Abandono generalizado | Falta de uso e problemas financeiros | Propostas de integração comunitária |
Estádio Olímpico de Sydney | 2000 | Abandono de setores auxiliares | Modernização e mudanças na demanda | Reconversão para múltiplos usos |
Vila Olímpica de Sochi | 2014 | Abandono em região isolada | Baixa densidade populacional e custos | Nenhuma solução concreta até o momento |
- Principais razões para o abandono de sites olímpicos: custos altos, falta de planejamento pós-evento e baixa demanda local.
- Exemplos de instalações abandonadas em diferentes continentes e seus contextos sociais e econômicos.
- Estratégias comuns para reutilização: adaptação para usos comunitários, culturais e esportivos diversos.
- Desafios enfrentados na manutenção e revitalização das instalações olímpicas após o fim dos jogos.
- Importância da integração de instalações com a dinâmica urbana e participação da população local.
- Casos de sucesso e fracasso ilustrando os impactos financeiros e culturais do abandono.
- Lições aprendidas para futuros eventos, incluindo a sustentabilidade e o planejamento de legado.
FAQ - TOP 15 Locais Olímpicos Abandonados
Por que muitos locais olímpicos são abandonados após os jogos?
Muitos locais são abandonados devido à falta de planejamento para o uso após os jogos, altos custos de manutenção, baixa demanda local para eventos e falta de integração com a comunidade.
Existe alguma solução para evitar o abandono dos locais olímpicos?
Sim, estratégias incluem planejamento sustentável, uso multiuso, integração com programas comunitários e manutenção contínua para garantir que os locais sejam ativos e economicamente viáveis após o evento.
Quais são os maiores desafios na reutilização de vilas olímpicas?
Desafios incluem localização afastada, baixa demanda habitacional, custos altos de manutenção, infraestrutura limitada e dificuldades econômicas regionais que impedem o aproveitamento adequado.
Como os jogos recentes tentam evitar problemas de abandono?
Jogos recentes adotam projetos mais sustentáveis, construindo estruturas temporárias ou adaptáveis, e criam planos de legado que envolvem a reutilização das instalações para eventos, residências e lazer.
Qual foi o impacto do abandono da Vila Olímpica de Atenas 2004?
O abandono gerou deterioração, vandalismo, e representou um peso econômico para a cidade, além de reduzir o impacto positivo esperado do legado olímpico para a região.
Por que o Estádio Olímpico de Montreal 1976 ficou famoso pelo abandono?
Devido ao enorme custo de construção que gerou uma dívida que demorou décadas para ser paga, e pela falta de uso eficiente das instalações após os jogos.
Algumas instalações abandonadas foram reutilizadas com sucesso?
Sim, há casos em que as instalações foram revitalizadas e integradas a usos culturais, esportivos e comerciais, mas isso exige planejamento, investimento e engajamento comunitário.
O abandono afeta apenas instalações antigas?
Não. Mesmo instalações recentes, como as do Rio 2016, sofreram abandono devido a fatores econômicos e falta de uso, o que mostra que o abandono pode acontecer em qualquer momento após os jogos.
Este artigo detalha os TOP 15 locais olímpicos abandonados, destacando causas como falta de planejamento e recursos, além de oferecer lições para a gestão sustentável do legado olímpico. Entender essas histórias ajuda cidades futuras a evitar o abandono e maximizar o impacto positivo dos jogos.
Os locais olímpicos abandonados representam um desafio complexo que envolve questões econômicas, sociais e urbanísticas. A falta de planejamento para o uso após os jogos, associada a fatores regionais e financeiros, resulta em espaços degradados que contrastam com o esforço e o investimento feitos para receber o evento. Aprender com esses exemplos é fundamental para futuras cidades-sede, que precisam adotar modelos sustentáveis e integrados para garantir um legado positivo duradouro.